Conceitos do Comércio Informal


 Bom eu já tinha feito um post antes Conheça o comércio informal, que foi mais descontraído, aqui serei mais objetivo e específico nas informações e conceitos a respeito do Comércio Informal.


A reestruturação urbana que envolve a cidade nos dias atuais vista sob o prisma da centralidade,que é revelada pela área central, apresenta novas formas e funções que conferem valores diferenciados à paisagem urbana, principalmente no que se refere ao uso e ocupação do solo. A modificação da paisagem, na área central, corrobora com um processo de reprodução sócio - espacial que vem ocorrendo desde as últimas décadas do século XX, uma vez que o espaço urbano nada mais é do que a materialização de ações humanas e está em constante transformação, estabelecendo relações interdependentes e resultando num produto social urbano. A complexidade da área central se torna mais visível a partir do momento em que analisamos a sua configuração, na qual o núcleo central está inserido, revelando através de suas formas espaciais a apropriação que os espaços públicos vêm sofrendo por ambulantes e camelôs.A informalidade da economia será analisada a partir das atividades do comércio e serviços nos espaços públicos da Área Central, privilegiando, sobretudo, os vendedores ambulantes ou “camelôs”, como são popularmente conhecidos. De forma específica, buscamos compreender a expansão do comércio informal, a estratégia de localização e identificar as categorias funcionais dessa atividade econômica da referida área.




A reportagem da Tv Imigrantes mostra a variedade de produtos e mostra a ação deles no feriado do dia de Finados.

Ao analisar a formalidade-informalidade do comércio varejista, o estudo de Santos (1979), constituiu-se em referência básica para a compreensão da estrutura comercial das cidades do Terceiro Mundo. A sua principal contribuição resulta na caracterização da economia urbana em dois sistemas: o “circuito superior” e o “circuito inferior”. O autor argumenta que os dois circuitos estão articulados entre si. Porém a diferença fundamental entre as atividades desses dois sistemas está nas modalidades de capital, tecnologia e organização. Contudo, devemos notar que há uma dependência do circuito inferior em relação ao superior.Independente de ser uma alternativa de ganho para os desempregados ou uma saída para pagar menos impostos (SANTOS e REZENDE, 2003), o certo é que a expansão da economia informal nas últimas décadas nas grandes e médias cidades, com destaque para a área central, têm despertado a atenção, tanto dos estudiosos dessa temática, quanto das autoridades públicas e dos empresários que atuam nesse setor da cidade.O estudo de Melo e Telles (2000) revela que o avanço dessas atividades não se apresenta como um fenômeno transitório. No caso brasileiro, deve ser destacado o aumento expressivo do comércio ambulante no interior da atividade comercial. De acordo com os autores, 68% dos postos de trabalho no âmbito comercial são oriundos do comércio varejista e atacadista, mas 21% derivam-se da categoria ambulante, tendência que se manifestou mais fortemente nos anos 90 em todo o país.Em Manaus, segunda metrópole da Região norte, houve o reconhecimento do comércio de rua com o credenciamento dos camelôs na gestão do prefeito Amazonico Mendes em 1993. Segundo dados da Secretaria Municipal de Abastecimento de Feiras e Mercados (SEMAF), existem 2.342 camelôs no centro da cidade e 935 nos bairros. Além desses, é preciso considerar aqueles que possuem autorização provisória e um grande número de outros ambulantes sem credenciamento.Nas cidades médias, esse fenômeno ganha expressão com o aumento populacional, tanto de naturais quanto de migrantes e a defasagem na oferta de empregos para essa população em contínuo crescimento.Uberlândia exemplifica esta análise. Por ser a terceira maior cidade do Estado de Minas Gerais, as principais praças e ruas da sua área central estão tomadas por camelôs que comercializam diversos tipos de produtos.No entanto, há que considerar outros fatores que contribuem para o aumento do comércio informal, tais como a baixa qualificação do trabalhador, associada ao ciclo de vida e, por conseguinte a perda do emprego que faz com que esse desempregado encontre muitas dificuldades para retornar ao mercado de trabalho formal. Assim, esta pessoa vai desempenhar alguma atividade no comércio informal. Por outro lado, não podemos desprezar a falta de perspectivas econômicas em alguns setores da economia, em detrimento de uma possível melhor renda no comércio informal, de outra forma, para a complementaridade da renda familiar, principalmente dos aposentados, que deve ser considerada na reflexão desta complexa temática em questão.


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